Você tem animal em casa? Sabe como lidar com ele e como apresentar seu bebê, recém chegado?
A chegada do bebê modifica toda a rotina da casa. Todos os esforços e atenção dos pais se concentram nos cuidados com a criança. No começo, pode ser muito difícil para o animal compreender essas mudanças. Sendo assim, é preciso condiciona-lo corretamente, para que ele aceite melhor essa situação e passe a gostar do novo membro da família.
Se você tem um cão, ou então um gato, que são os animais mais apegados aos donos e que mais sofrem com essa situação, vale a pena observar alguns truques para amenizar essa convivência inicial e não despertar ciúmes. Sim... ciúmes, pois seu “animalzinho de coração” é como um irmãozinho mais velho, não é isso?!?
As adaptações devem ser feitas aos poucos através de treinamentos e condicionamento, algum tempo antes do bebê chegar. O animal não deverá associar a chegada do bebê com perda de espaços ou carinho. Assim, no caso de o animal não poder acessar livremente algum cômodo da casa depois que a criança chegar, o ideal é acostumá-lo com essa limitação ainda durante a gestação.
Alguns animais passam longos períodos no colo dos proprietários. É importante que ele seja acostumado a descansar em outros locais, já que o dono não poderá ficar com ele no colo por muito tempo. Forneça um local bem confortável e que agrade seu bichinho, sem privá-lo do contato humano.
Ainda na maternidade, é importante que sejam levados alguns panos novos e limpos para ficarem em contato com o nenê. Depois, alguém deve trazer esses paninhos para casa, e deixá-los nos locais onde o animal costuma fazer coisas prazerosas: debaixo da vasilha de ração, na caminha, junto aos brinquedos dele... Enfim, qualquer lugar que ele relacione com atividades legais e prazeirosas. Pense que eles possuem um olfato extremamente apurado, e o contato com os panos fará com que comecem a se familiarizar com o cheiro do bebê e relacione esse cheiro com coisas boas como comer, dormir e brincar.
Ao chegar em casa, o ideal é agir com naturalidade, mesmo com a presença do nenê. O choro ou movimentação do bebê poderão gerar reações, como medo ou curiosidade. Neste caso o animal não deve ser punido ou ele vai associar o nenê com coisas ruins. Então, neste primeiro momento, evite contato direto do focinho dele com o bebê, pois o melhor é que a aproximação seja gradual. Aja com naturalidade e prefira recompensar com elogios, petiscos ou carinho toda vez que ele se aproximar de maneira tranquila.
Outro fator relevante é o aumento no número de visitas na casa. Com toda essa movimentação fora do comum, seu bichinho pode ficar estressado, associando a chegada de pessoas e mesmo a presença da própria criança com a perda de espaço, carinho e atenção. Portanto, toda vez que ele tiver uma aproximação amigável com as visitas, ele deve ser recompensado da mesma forma descrita com o bebê - com um petisco ou um carinho.
No entanto, principalmente com os cães, evite recompensar atitudes muito bruscas, como ficar pulando ou quando ele estiver agitado... Prefira dar ênfase a comportamentos mais tranquilos, pois, assim, ele passará a valorizá-los também.
Aulas de adestramento são muito úteis para ajudar nesse processo!
O cachorro deve possuir brinquedos que realmente goste, e que possa destruir. Assim, toda vez que precisar dar atenção exclusivamente ao bebê, ofereça um brinquedo bem legal, ou um ossinho próprio para cães, de acordo com a recomendação do veterinário, para que o cão fique interagindo com o objeto, e não se sinta rejeitado. Ja o gato, vai adorar brincar com uma bolinha de meia... pode crer!!
Com o passar dos dias, a segurança vai aumentando, e a aproximação pode ser maior. A convivência entre animais e crianças é muito benéfica para ambos, e pode e deve ser incentivada. Porém, mesmo se tratando de um animal extremamente dócil e carinhoso, o contato entre ele e o nenê deve ser feito sempre sob supervisão para evitar acidentes! Uma mordida de cão ou um arranhão de gato, é mais fácil prevenir que remediar.
Evite também mudanças bruscas na rotina do animal. Os cachorros costumam ter uma rotina de passeios e brincadeiras que devem continuar na mesma intensidade nessa época, para evitar ansiedade e o surgimento de compulsões e comportamentos destrutivos ou indesejados. Os limites também devem continuar firmes. Muitas vezes, na tentativa de “compensar” o tempo que se passa longe do animal, o dono deixa que ele faça o que quiser... E isso não deve acontecer.
E lembre-se: o mais importante é a qualidade do tempo que você passa com seu bichinho. Por isso, educação, carinho e respeito devem sempre fazer parte da rotina do animal, em qualquer situação.
Achei fantásticos esses ensinamentos ministrados pela Zootecnista, escritora e adestradora - Caroline Serratto. Parabéns!!!
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