segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
A função perversa dos contos de fadas
Ao invés de desenvolver suas próprias capacidades, meninas aprendem a esperar pelo “homem salvador”
Que em muitos casos os contos de fadas são prejudiciais às crianças, não resta dúvidas. Mas será que pais e professores se dão conta disso? Da forma como são contados e valorizados, mais prejudica que ajudam a despertar imaginação, sonhos, poesia. Nos contos de fadas, as mulheres são dependentes e submissas, assexuadas e dominadas. Em vez de desenvolver suas próprias potencialidades e buscar relações onde haja uma troca afetiva e sexual, em nível de igualdade com o parceiro, muitas mulheres se limitam a continuar fazendo tudo para encontrar o príncipe encantado.
Em "Cinderela", "Branca de Neve" e "A Bela Adormecida" existem algumas mulheres poderosas e que até fazem mágicas, mas a mensagem central não é a do poder feminino, e sim da impotência da mulher.
Além da incompetência de lutar por si própria, comum às principais heroínas, Cinderela é enaltecida por ser explorada dia e noite, trabalhando sem reclamar e sem se rebelar contra as injustiças. Padece e chora em silêncio. Seu comportamento sofrido, parte do treinamento para se tornar a esposa submissa ideal, é recompensado: seu pé cabe direitinho no sapato e ela se casa com o príncipe. Será que é isso que queremos para as nossas filhas?!?
Já o homem, ao contrário, é poderoso. Não só dirige todo o reino, como também tem o poder mágico de despertar a heroína do sono profundo com um simples beijo. E nossos filhos? É assim que os vemos?!?
A historiadora americana Riane Eisler afirma que “essas histórias incutem nas mentes das meninas um roteiro feminino no qual lhes ensinam a ver seus corpos como bens de comércio para conseguirem pegar não um sujeito comum, mas um príncipe, status e riqueza. Em última análise a mensagem dos ‘inocentes’ contos de fadas, como Cinderela, é que não somente as prostitutas, mas todas as mulheres devem negociar seu corpo com homens de muitos recursos.” Meu Deus!!! Com certeza não é assim que queremos ver nossas princesas!!!
Muitas mulheres, como as irmãs de cinderela, estão dispostas a cortar um pedaço do pé , como orientou a madrasta, para corresponder ao que o homem espera delas. Precisamos repensar nesses contos antes de passarmos aos nossos filhos. Precisamos repensar as novelas, que enaltecem um falso romantismo. Precisamos passar para nossas filhas a importância de desenvolverem suas próprias capacidades e talentos, sem depender de um salvador para tirá-las da miséria ou melhorar de vida. Precisamos de uma análise mais profunda antes de dizer “ felizes para sempre”. Pense a respeito... antes de contar uma nova história.
Fonte
Que em muitos casos os contos de fadas são prejudiciais às crianças, não resta dúvidas. Mas será que pais e professores se dão conta disso? Da forma como são contados e valorizados, mais prejudica que ajudam a despertar imaginação, sonhos, poesia. Nos contos de fadas, as mulheres são dependentes e submissas, assexuadas e dominadas. Em vez de desenvolver suas próprias potencialidades e buscar relações onde haja uma troca afetiva e sexual, em nível de igualdade com o parceiro, muitas mulheres se limitam a continuar fazendo tudo para encontrar o príncipe encantado.
Em "Cinderela", "Branca de Neve" e "A Bela Adormecida" existem algumas mulheres poderosas e que até fazem mágicas, mas a mensagem central não é a do poder feminino, e sim da impotência da mulher.
Além da incompetência de lutar por si própria, comum às principais heroínas, Cinderela é enaltecida por ser explorada dia e noite, trabalhando sem reclamar e sem se rebelar contra as injustiças. Padece e chora em silêncio. Seu comportamento sofrido, parte do treinamento para se tornar a esposa submissa ideal, é recompensado: seu pé cabe direitinho no sapato e ela se casa com o príncipe. Será que é isso que queremos para as nossas filhas?!?
Já o homem, ao contrário, é poderoso. Não só dirige todo o reino, como também tem o poder mágico de despertar a heroína do sono profundo com um simples beijo. E nossos filhos? É assim que os vemos?!?
A historiadora americana Riane Eisler afirma que “essas histórias incutem nas mentes das meninas um roteiro feminino no qual lhes ensinam a ver seus corpos como bens de comércio para conseguirem pegar não um sujeito comum, mas um príncipe, status e riqueza. Em última análise a mensagem dos ‘inocentes’ contos de fadas, como Cinderela, é que não somente as prostitutas, mas todas as mulheres devem negociar seu corpo com homens de muitos recursos.” Meu Deus!!! Com certeza não é assim que queremos ver nossas princesas!!!
Muitas mulheres, como as irmãs de cinderela, estão dispostas a cortar um pedaço do pé , como orientou a madrasta, para corresponder ao que o homem espera delas. Precisamos repensar nesses contos antes de passarmos aos nossos filhos. Precisamos repensar as novelas, que enaltecem um falso romantismo. Precisamos passar para nossas filhas a importância de desenvolverem suas próprias capacidades e talentos, sem depender de um salvador para tirá-las da miséria ou melhorar de vida. Precisamos de uma análise mais profunda antes de dizer “ felizes para sempre”. Pense a respeito... antes de contar uma nova história.
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Ainda bem que minha mãe me ensinou e me mostrou, desde pequenina, que não existe nada melhor que a liberdade individual e a independêcia emocional e financeira... Que um casal deve se apoiar, se ajudar e se respeitar antes de qualquer coisa... E eu aplico isso a cada dia da minha vida... Nada de príncipe ou de sapo! Obrigada, mama!
ResponderExcluirBeijos